quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Seguindo o script

Eu sou uma menina difícil. Sou mesmo. Não é difícil perceber, mas isso não me define. Sou difícil, complicada e exigente. E sabe a razão disso? Eu sei. Tenho total consciência de que o meu problema são elas: as comédias românticas. Eu as amo. Posso assistir até mais de uma por dia, se eu estiver realmente entediada. E as férias são um exemplo de tédio superável apenas por comédias românticas. O problema são os efeitos colaterais delas.
Nós, que assistimos comédias românticas, idealizamos tudo. Idealizamos rapazes, relacionamentos, situações. E planejamos tudo em nossas cabeças! Assim como muitas das protagonistas desses filmes, nós vivemos num mundo idealizado de rapazes ideais, relacionamentos lindos, coisas que vão acontecer quando o cara certo surgir. Há outros no caminho, mas esperamos o cara certo como se fosse acontecer igual ao filme.
Gosto de achar que o errado pode dar certo, assim como nos meus filmes favoritos. Que o cara sem coração pode de repente amolecer por você, ou o carinha em quem você nunca repararia pode ser o homem mais romântico e amável de todos. Afinal, não é isso que as comédias românticas ensinam? Espere o cara certo. Apaixone-se pelo cara errado. Faça tudo funcionar, como num filme.
Luzes, câmera, ação. Escolhemos o elenco em nossa cabeça, e montamos uma história mirabolante. Às vezes achamos que ela está acontecendo. É lindo, interessante, criativo, mas raramente é real. Ele não será um irlandês lindo e amargurado de um restaurante do interior. Nem escreverá cartas para te ajudar a seguir em frente após a morte dele. Ele não largará a promoção no emprego para cuidar do seu mal de Parkinson. Seus melhores amigos não vão morrer e deixar um bebê pra você dois criarem. Isso é ficção.
E eu odeio que seja. Eu queria que, às vezes, ao menos em uma e outra situação, a vida real pudesse imitar uma comédia romântica. Leap Year, The Ugly Truth, 27 dresses, P.S.: I love you, Life as we know it. Mas a vida prefere ser ela mesma, sem imitar ninguém. E nós voltamos às cadeiras de cinema.
Eu amo comédias românticas, e queria viver uma delas. Complicadas, dramáticas, engraçadas, desgastantes às vezes. Mas românticas. Sempre românticas. Se algum diretor de omédia romântica estiver disponível, venha dirigir minha vida. Eu ia adorar um script...
Kisses :*

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

P.S.: I love you

Talvez não seja a melhor hora pra voltar a postar aqui, e acredito que realmente não é, pois eu já devia estar dormindo há um longo tempo agora, mas eu não encontrei um momento melhor. Acontece! Nem semprer o momento certo é um momento bom. Mas eu preciso postar aqui. Preciso escrever, e tirar a tensão de dentro de mim.
Eu sempre amei escrever, e ter um blog foi a realização disso. A realização da minha vontade de escrever, e ao mesmo tempo, a distração que eu precisava dos "problemas". Afinal, quem, com 16 anos (quase 17 agora), pode ter tantos problemas reais assim? São "problemas", entre aspas mesmo. Mas, ao mesmo tempo que me liberava do que eu não gostava, estava virando uma obrigação. Eu me sentia obrigada a postar novamente a cada dia, e não podia descansar sem uma postagem, naquele mesmo formato que não entretinha nem mesmo a mim. O que é isso? Eu deveria gostar de escrever, não me entediar na hora de escrever. Então eu parei. Já que precisava escrever, escreveria meu trabalho de conclusão do curso técnico.
Escrevi, concluí o curso, me formei. Comecei a me preparar para o vestibular. Eu queria algo tão inexplicável... Engenharia de Alimentos. E eu quis, por um tempo. Mas eu não sei se foram pessoas ou se foi minha própria mente que me mudou. O que eu sei é que, de repente, estava tudo mudado. Eu queria ensinar! Ser professora de inglês e português. Não parece completamente adequado? E eu concluí também o ensino médio! Com a ideia fixa na cabeça, farei Letras. E agora, está tudo se encaminhando. A data do vestibular da UFRGS está cada dia mais perto, e eu quero aquela vaga como nunca quis nada na vida. Porém, algo faltava. Eu não escrevia mais nada. Apenas textos curtos. "Oi", "tudo bem?", "as férias estão ótimas". Não bastava.
E agora, estou completamente vulnerável, pois assisti um filme que me fez chorar que nem um bebezinho. P.S.: eu te amo. Você já deve ter assistido, eu sei. É muito bom, e eu amei. Realmente, terminei com o rosto molhado de lágrimas. Às vezes eu soluçava durante as cenas, e precisava segurar o notebook, que tremia com meu corpo. Ficava difícil de ver a imagem... E, de repente, me pareceu o momento perfeito (e totalmente inadequado) para voltar a escrever.
Cá estou eu, com um texto enorme, e talvez até sem sentido algum. Mas eu precisava dividir isso com alguém. Dividir com o mundo aquilo que o mundo inteiro já sabe. Parece ainda mais óbvio quando eu escrevo. Mas, de certo modo, eu precisava tirar da minha cabeça e martelar as teclinhas do computador até sairem frases coerentes.
Aproveitando o momento, vou desejar um Feliz Natal e um ótimo 2012, porque me parece adequado. Será que alguém ainda lê isso aqui? Vou fazer vocês lerem, aaaaaah vou.
Amo vocês!
Kisses :*