sábado, 26 de outubro de 2013

Mudaram as estações, nada mudou

Fazia tempo que eu não devorava uma leitura com tal (e porque não dizer) voracidade como a que eu tive nesses últimos dias de leitura de The Hunger Games, os famosos Jogos Vorazes. Perdi a oportunidade de ler quando os livros ficaram famosos, perdi a segunda onda de oportunidade quando lançaram o primeiro filme, e estava quase perdendo a terceira onda do lançamento de Catching Fire quando pensei "e por que não?". Baixei um pdf no tablet, para, além de provar o livro, testar e acostumar minha capacidade de ler no meu mais novo brinquedinho, que até então só tinha me servido de desculpa pra me apegar a joguinhos como Candy Crush, Angry Birds, Pou e Temple Run. Não que durante minha semana de leitura eu tenha deixado meu Pou apodrecendo, não passado de nenhum nível no Candy Crush, ou não completado os desafios do Temple Run. BEM PELO CONTRÁRIO, eu mantive minhas atividades que me "tiravam do tédio", e mesmo assim, o mais interessante era a leitura. Não tinha mais tédio do qual me tirar: era a velha Marcella, que devorava livros em poucos dias, de volta àquilo que ela nunca deveria ter deixado de fazer. Não ler, simplesmente ler. Mas ler por prazer.
Terminar de ler mais esse livro me trouxe de volta a sensação de ser "a velha Marcella", sem eu nunca ter sabido que havia uma nova. E pelo que eu entendi, acho que não gosto muito dessa nova. Ela mal posta em blog, não lê por prazer, e provavelmente deixou pra trás muito mais do que se planejava. A velha Marcella não planejava deixar pra trás. Nem nada, nem ninguém. Mas a nova Marcella, enquanto ainda tiver um "por que não?" pra reacender a faísca espoleta, não vai tomar conta. Porque a nova Marcella é só uma velha rabugenta, enquanto a velha Marcella que é a novidade diária, os pulinhos agitados pra ver alguma coisa nova. Ainda prefiro minha velha criança conhecida que essa nova desconhecida que já se diz adulta.

Vem cá, Velha Marcella.
Estamos indo de volta pra casa.